Mortalidade de micro e pequenas empresas: Fatores que levam á falência precoce.

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RESUMO

Devido ao espírito empreendedor brasileiro é possível observar constantemente o surgimento de micro e pequenas empresas que por inúmeros motivos acabam fechando suas portas antes dos cinco primeiros anos de vida. Pensando nessa questão, este trabalho tem como objetivo estudar os motivos pelos quais essas empresam decretam falência tão precocemente, tomando como base uma pesquisa bibliográfica com o que a literatura refere sobre o assunto, já que tal problema se caracteriza por ter causas multifatoriais, dentre elas: a falta de planejamento prévio, gestão deficiente do negócio, insuficiência de políticas de apoio, flutuações na conjuntura econômica, além da alta carga tributária e muita das vezes a falta de capital de giro do empreendedor. Os resultados desta pesquisa mostram que para que uma empresa consiga sobreviver no competitivo mercado capitalista é necessário um planejamento desde o seu nascimento e por toda a sua vida, devendo aliar uma boa administração a um serviço de contabilidade que possa elucidar todos os pontos a serem corrigidos.

INTRODUÇÃO

A partir da década de 70 com a crise econômica mundial e a recessão da economia brasileira, as micro e pequenas empresas alcançaram destaque frente ao cenário socioeconômico nacional, pois são grandes fontes geradoras de emprego e consequentemente renda, aumentando assim, a população economicamente ativa do país e com isso melhorando não só a produtividade, mas a sua situação frente a economia mundial.

Fatores estes que levam, segundo o SEBRAE (2004), 31% das empresas a “fechar suas portas” antes do primeiro ano de vida e cerca de 60% após cinco anos de existência. Pode-se citar como os motivos mais frequentes: falta de planejamento estratégico antes de abrir o negócio, deficiência na gestão, falta de políticas governamentais incentivadoras, flutuações na conjuntura econômica, além da alta carga tributária e muita das vezes a falta de capital de giro e inexperiência administrativa do empreendedor.

Em pesquisa do SEBRAE (2004), 99% das empresas do país é Micro e Pequenas empresas, que representam quase 70% dos postos de trabalho e 20% do PIB. As micro e pequenas empresas, alcançam a cada ano uma maior participação na economia, ficando próximo dos 90% do total de empresas segundo o IBGE (2004), se destacando como grandes geradores de emprego e renda, contribuindo assim, de forma crescente no aumento do PIB.

Pensando nessa problemática, este trabalho tem por objetivo fazer um estudo sobre os principais problemas enfrentados por essas entidades tão importantes para o progresso do país e que acabam decretando falência tão precocemente.

1.  EMPREENDEDORISMO NO BRASIL

O cenário administrativo de tempos atrás estava voltado para formar profissionais destinados a gerenciar grandes negócios ou trabalhar em repartições públicas, aqueles que fugiam a essa regra na busca de construir seu próprio negócio eram considerados muito ousados, pois estavam abandonando a estabilidade de um emprego para correr os ricos de ter o seu empreendimento mal sucedido (DORNELAS, 2008).

Mesmo com esses auxílios, o empreendedorismo ainda enfrenta grandes dificuldades, como a falta de políticas governamentais que incentivem a criação e permanência dessas empresas no mercado e as altas taxas tributárias que levam muitas delas a decretarem falência ainda nos primeiros anos de existência (LACOMBE, 2003)

Assistimos a mudança desse conceito a partir da década de 1990 com a criação do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e de outros órgãos que prestam auxílio a micro e pequenas empresas no seu processo de implantação, resolução de problemas e tomada de decisões, o que contribuiu para o surgimento de novas empresas (CHIAVENATO, 2008).

2. MORTALIDADE DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Mesmo exercendo papel de grande importância socioeconômica, as micro e pequenas empresas apresentam alta taxa de mortalidade antes mesmo de completar os cinco primeiros anos de vida, o que gera prejuízos a nação como um todo, pois campos de trabalho muitos da vezes são feitos com uma análise superficial, para uma insegurança maior da empresas, os gestores negligenciam o planejamento estratégico para serem aplicados e serem eficazes.

2.1 – FATORES RESPONSÁVEIS

Para que essas empresas continuem exercendo suas funções é necessário identificar as falhas responsáveis pela sua mortalidade precoce. Podem-se enumerar vários desses erros corriqueiramente cometidos por esses empresários no processo de criação e gestão de seus negócios, como: a ausência de um comportamento empreendedor e a falta de planejamento, pois para que uma empresa obtenha êxito, é fundamental que antes de abri-la se faça um estudo de todos os aspectos do negócio, como: localização, concorrência, público-alvo, custos fixos e variáveis, ou seja, é necessário ter domínio de conhecimentos sobre aquilo que se quer empreender (DEGEN, 2005).

               Como citado por Chiavenato (2008, p. 15), “nos novos negócios, a mortalidade prematura é elevadíssima, pois os riscos são inúmeros e os perigos não faltam.” Diante disso ele aponta algumas das possíveis causas de mortalidade nas empresas, que são apresentadas na Tabela 1. As causas mais comuns de falhas no negócio
Inexperiência- 72 %, incompetência do empreendedor, falta de Experiência de campo, falta de experiência profissional, experiência desequilibrada, fatores econômicos – 20 %, lucros insuficientes, juros elevados, perda de mercado, mercado consumidor restrito.

Além disso, outro erro que pode levar à morte precoce é a confusão patrimonial, muito comum em micro e pequenas empresas, o que gera grande dificuldade na compreensão da real situação financeira, já que grande parte delas não apresenta bem delimitado o que é patrimônio pessoal do que pertence à empresa, causando grande confusão e fazendo com que muitas das vezes dívidas pessoais sejam pagas com recursos da empresa (AZEVEDO, 1992).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pensando na importância que essas empresas exercem ao país é necessário que se tomem medidas no sentido de reverter essa situação para que elas possam ter longevidade, para que isso ocorra é importante que haja investimentos em educação para o empreendedorismo.

Além disso, é necessário que se diminuam a burocracia e as cargas tributárias permitindo que muitos empreendedores possam sair da informalidade e tenham condições de sobreviver no competitivo mercado capitalista.

Portanto, pode-se considerar que para que essas empresas possam prosperar e acompanhar o crescimento do país é necessário somar as forças entre governo e micro e pequenos empresários, além disso, é válido lembrar que o empreendedorismo deve sempre estar intimamente ligado à administração, pois uma boa gestão e um serviço de contabilidade qualificado são vitais para a sobrevivência de uma empresa de qualquer segmento.

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