E mais: entenda como a empresa deve tomar medidas para garantir a saúde e o bem-estar de seus funcionários
(Foto: Cecilie_Arcurs via Getty Images)
Burnout, transtornos relacionados ao uso excessivo de álcool, café, tentativa de suicídio e outras 164 novas patologias agora fazem parte da lista de doenças relacionadas ao trabalho.
Isso significa que podem ser desencadeadas por fatores como: gestão da empresa, às responsabilidades das tarefas profissionais e às condições do ambiente de trabalho.
O que muda: “A lista incorporou doenças que não existiam e trouxe doenças que já existiam, mas cuja relação com o trabalho ainda não estava bem estabelecida, como alguns cânceres”, destaca Márcia Bandini, professora da Área de Saúde do Trabalhador da Unicamp ao G1.
SAÚDE MENTAL
Com recorte em saúde mental, para você ter uma ideia:
- Os transtornos mentais relacionados ao trabalho (TMRT) são a terceira maior causa de afastamento do trabalho e os dados apontam tendência de crescimento, segundo Tânia Maria de Araújo, pesquisadora da UEFS.
- O Burnout, ou Síndrome do Esgotamento Profissional, afeta cerca de 64,3 milhões de brasileiros, segundo levantamento realizado pela International Stress Management Association (Isma).
“Sendo o produto de um acúmulo de estresse, esse esgotamento profissional não acontece de um dia para o outro. É um fenômeno complexo e profundo que atinge profissionais de todas as idades, setores e níveis hierárquicos”, explica Ines Hungerbühler, psicóloga, PhD e líder do time clínico do Wellz, solução de saúde mental do Gympass em comunicado enviado à StartSe.
COMO AS EMPRESAS PODEM LIDAR COM O BURNOUT
Construindo um ambiente de trabalho saudável. Ines Hungerbühler, psicóloga, PhD e líder do time clínico do Wellz by Gympass, traz dicas como:
LIDAR COM A CULTURA DA PRODUTIVIDADE
“Ambientes onde a produtividade está acima de qualquer coisa (até a própria saúde da pessoa colaboradora) são propensos a facilitar o desenvolvimento de burnout. Somos todos humanos e ter limites não é apenas normal, mas saudável, inclusive para a empresa”, diz ela.
FLEXIBILIZAR AS ROTINAS
“Estresse crônico muitas vezes é causado por uma incompatibilidade entre as exigências profissionais e as capacidades e recursos do lado da pessoa colaboradora. Compreender as rotinas e metas que se adequa não apenas para o negócio, mas também para a pessoa colaboradora, traz mais produtividade e contribui para um ambiente mais saudável”, destaca a especialista.
EDUCAÇÃO E CAPACITAÇÃO DA LIDERANÇA
“As lideranças têm um papel fundamental na criação de uma cultura de cuidado e consequentemente um ambiente de trabalho saudável. Para uma pessoa líder poder criar espaços psicologicamente seguros e acolher membros da equipe, é necessário preparar a liderança adequadamente”, conta.
TER FERRAMENTAS DE MONITORAMENTO RECORRENTE DO ESTADO EMOCIONAL DAS PESSOAS COLABORADORAS
“Assim como o burnout, outras questões de saúde mental tais como a depressão ou ansiedade, não aparecem de um dia para outro. Identificar primeiros sinais e sintomas, permite intervir antes de um desenvolvimento completo e consequentemente reduzir desde o início consequências como afastamentos e altos custos médicos, além de uma qualidade de vida impactada.”
PROMOVER PROGRAMAS DE CUIDADO CONTÍNUO
Para criar uma cultura que prioriza o bem-estar precisa-se mais do que oferecer ações pontuais ou intervenções em crise. Oferecer benefícios e ferramentas que permitam às pessoas colaboradoras cuidar da própria saúde mental, gerenciar melhor os níveis de estresse e aumentar o autoconhecimento, é fundamental para prevenir o burnout e outras questões de saúde mental.