Empresas são feitas por pessoas. E negócios de sucesso têm como premissa o colaborador certo na vaga ideal. Contudo, é justamente esse um dos principais pontos em que empreendedores tropeçam. “Contratar profissionais qualificados tem sido o ‘calcanhar de Aquiles’ de quem deseja abrir um empreendimento. E não é para menos, pois formar equipes engajadas e de alto desempenho é uma das tarefas mais complexas em uma empresa”, alerta Marina Figueiredo, CEO da Health Business School, escola de negócios para profissionais de saúde.
Dificuldades durante o processo de recrutamento
O capital humano é o bem mais precioso de uma empresa. Contudo, de acordo com a CEO, muitos empreendedores não se dão conta disso e acabam realizando o processo de recrutamento sem critério ou por profissionais sem preparo, que não avaliam hard (competências aprendidas na vida acadêmica e profissional) e soft skills (habilidades inatas ou adquiridas ao longo da vida) dos candidatos.
Roberta Vyborny, responsável pelo processo de seleção na Health Business School, acrescenta que, em geral, processos seletivos são feitos às pressas, o que acaba ocasionando erros de contratação e prejudicando, assim, o profissional que muitas vezes é colocado para executar funções para as quais ele não está preparado. “Com esse erro, é necessário refazer o processo de seleção, perdendo tempo e dinheiro”, diz ela.
Buscando o candidato perfeito para a vaga
Para evitar esses erros, confira 5 dicas das especialistas para selecionar melhor seus colaboradores e ter uma equipe dos sonhos!
1. Briefing
É o momento de alinhamento de expectativas da empresa com o perfil da vaga. Deve-se analisar as necessidades do negócio, o perfil dos profissionais já contratados, os resultados esperados e até o orçamento disponível para as contratações.
2. Hunting
Com o perfil do cargo que a empresa necessita definido, é preciso fazer a descrição da vaga, incluindo os requisitos e as atividades que o profissional deverá desempenhar, assim como as competências que deve ter. Em seguida, será a fase do mapeamento dos profissionais desejados e a busca do melhor trabalhador para a posição.
O briefing e o hunting são fases essenciais, pois além de compreender a necessidade de cada profissional para a empresa, é preciso saber divulgar a posição, a maneira correta e as plataformas mais adequadas. Caso contrário, corre-se o risco de o empreendedor receber muitos currículos e nenhuma opção boa para a posição de que a empresa precisa. “Muitas vezes, o empresário quer divulgar uma vaga para secretária, mas a organização precisa de um gestor financeiro, por exemplo”, afirma Marina Figueiredo.
3. Entrevistas
Os candidatos, em geral, temem essa fase, mas é importante para quem está recrutando. Isso, porque, após a triagem dos currículos e contato inicial com os candidatos pré-selecionados, durante a entrevista, é indicado que a empresa ou recrutador ofereça mais informações sobre a vaga aos candidatos e permita que eles façam perguntas a fim de verificarem se as expectativas estão alinhadas entre ele e a organização. Depois, é preciso fazer uma análise de competências técnicas, comportamentais e sinergia dos profissionais com a demanda e cultura da empresa.
4. Seleção
Com as informações sobre as hard e soft skills dos candidatos, assim como a desenvoltura durante a entrevista que se adéque à vaga, pode-se elaborar um material com todas as informações a fim de ter embasamento e argumentos para escolher da melhor forma o candidato.
Após essa etapa e confirmação do profissional selecionado, é importante dar feedbacks aos demais candidatos, informando sobre a decisão da empresa. Dessa forma, permite-se que os profissionais não selecionados, deem seguimento à busca de novas vagas e mantenham a admiração pelo respeito da organização com os candidatos.
5. Onboarding
“É necessário ter esse cuidado especial com o momento do recrutamento e seleção, assim como no treinamento e desenvolvimento comportamental do colaborador onboarding, alinhamento e gestão de desempenho, pois acreditamos que é essencial ter um time alinhado para crescimento do negócio”, explica Marina Figueiredo.
Fonte: Jovem Pan