Para empresários, renunciar do controle da marca pode ser muito difícil. Porém, é preciso pensar sobre os benefícios disso – e é possível. Veja como
Abrir mão do controle da marca pode ser intimidador para empresários. Mas, deixar que seus funcionários “falem pela empresa” pode ser positivo. Um bom exemplo disso, recente, é a mudança na política de vestimenta do Starbucks, que agora permite que seus empregados usem diferentes tipos de acessórios na cabeça e que tinjam seus cabelos, o que antes era proibido.
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Nesse caso, a empresa mostra que ouviu seus funcionários, permitindo-os, de certa maneira, que “mudem o direcionamento” da marca, que causem influência. Ou seja, a diretoria do Starbucks demonstra ter considerado os benefícios de criar conexão com os diferentes tipos de clientes através de seus funcionários e seus estilos autênticos. Dessa forma, permite que a mudança na política seja, também, uma oportunidade de inclusão dos empregados à marca.
Em que mais os funcionários poderiam ser envolvidos pelo bem dos dois lados? Bem, é claro que existem aspectos da companhia em que os empregados precisam se manter mais distantes, ou isentos. Porém, há outras em que é possível deixá-los tomar “as rédeas” e, dessa maneira, aprender com eles, deixar que a marca seja influenciada.
1. Transparência
Empregados não têm a oportunidade de ajudar a marca se não souberem nada sobre como funciona a organização. Assim, entender “o que está abaixo da superfície” da empresa lhes permitirá reconhecer como devem e podem representar a marca e, também, se sentirem representados.
Infelizmente, segundo uma pesquisa feita pela Associação Americana de Psicologia, 50% dos funcionários não acreditam que suas empresas são abertas – ou não seriam – a ponto de deixá-los influenciar em decisões. O estudo foi realizado com 1.562 adultos empregados.
A dica é: não deixe que sua empresa seja do tipo que funcionários tanto criticam: permita que exista transparência em todos os níveis da organização. Faça-os sentir que “são parte do todo”.
Incentive perguntas sobre orçamentos, deixe claro qual a missão da empresa e as oportunidades de carreira que terão por lá. Afinal, funcionários que se sentem confiantes sobre suas empresas são menos propensos a se estressarem no trabalho e mais predispostos a querer crescer dentro da companhia.
2. Redes sociais
Mesmo que sua empresa proíba o uso de redes sociais, funcionários provavelmente darão um “jeitinho” para verificar suas contas diariamente. Talvez, seja hora de repensar as políticas sobre isso, já que, de acordo com um estudo do centro de pesquisas Pew, de 2014, muitos empregados usam as mídias de maneira benéfica à empresa: 34% dos 2.003 entrevistados disseram que utilizam as redes sociais como ferramenta de descanso mental.
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Assim, uma vez que seus empregados já usam redes sociais no ambiente profissional, por que não passar a permiti-los que façam isso de uma vez por todas, seguindo regras e o bom senso?
Pode ser muito mais efetivo para ambos os lados que haja uma política para o uso de mídias sociais, estabelecendo o que é permitido no escritório e explicando como podem influenciar a marca da empresa – do que deixar que eles “finjam que não usam” e você “finge que não vê”, certo?
3. Flexibilidade
Muitos líderes consideram que seus empregados são abençoados, possuindo o equilíbrio entre trabalho e vida; contudo, os próprios empregados discordam disso: uma pesquisa mostra que, de 1.087 profissionais, 67% afirmaram que acreditam que os empregados têm equilíbrio trabalho-vida, enquanto 45% dos funcionários afirmaram o oposto.
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Então, se os seus empregados estão pedindo mais flexibilidade, pode ser inteligente considerar o requerimento. Independente da forma que isso vá ser alcançado, pode ser uma grande oportunidade para que eles trabalhem com mais ânimo, vontade e, consequentemente, qualidade.
É possível começar permitindo, por exemplo, que membros da equipe alterem seus horários, ou criem uma política de férias diferenciada (dentro do possível, é claro). Agora, há uma exceção à regra: horários de trabalho flexíveis não funcionam se interferem na satisfação do cliente.
Se for esse o caso, permita que os funcionários se responsabilizem em cumprir um horário que seja bom para ele, mas que não prejudique, de nenhuma forma, a relação com o cliente. Afinal, é preciso ser ainda mais responsável com a liberdade nas mãos.
Fonte: Economia – iG @
http://economia.ig.com.br/2016-09-20/funcionarios.html?utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=Press+Clipping+Fenacon+-+21+de+setembro+de+2016