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Seis ações para reduzir as incertezas na era pós-Covid-19

Com a expectativa de início da retomada à nova normalidade, pós pandemia da Covid-19 no Brasil, é hora de as empresas se estruturarem para reduzir os impactos desta freada brusca que o mundo e os negócios sofreram. É certo que esta crise não passará como num passe de mágica.

Reflexos serão sentidos por muitos meses, ou melhor, anos. Alguns deles, previsíveis e cujos impactos podem ser minimizados ou tratados. Outros, imprevisíveis, o que reforça ainda mais a necessidade da estruturação de mecanismos de gestão de crises e riscos continuamente. Analisando este cenário, listei seis ações para reduzir as incertezas nesta era pós-Covid.

1. Reavalie os riscos de serviços e fornecedores essenciais: após a crise, seus fornecedores estarão preparados para continuar operando com você? Muitos parceiros enfrentaram problemas severos de caixa, liquidez, ruptura de fornecimento de insumos e reestruturação do modelo de trabalho, que podem impactar o seu negócio.

2. Tenha estruturas de trabalho flexíveis: com a redução drástica das operações e queda de receita, muitas empresas precisaram recorrer aos socorros governamentais para redução de folha de pagamento e horas de trabalho para readequar o tamanho da empresa à situação atual. Se antes o uso intensivo de capital humano compensava investimentos em tecnologia e investimentos em produtividade, agora o cenário impôs rapidamente outra realidade.

3. Automatize e digitalize a sua operação: as grandes empresas possuem lajes imensas, recheadas de pessoas em frente a seus computadores. Você já parou para pensar o que todas estão fazendo? Em grande parte, são trabalhos repetitivos e automáticos. Basta passar pelas telas para notar ERPs abertos para preenchimento de campos, coleta de dados para alimentar planilhas em Excel, dados de documentos físicos sendo digitados em sistema e outras atividades sem qualquer geração de valor para a organização e para o colaborador.

4. Estruture suas ações de gestão de crises: alguns executivos desengavetaram seus manuais de gestão de crises e planos de continuidade de negócios. Porém, muitos deles não tinham estes processos estruturados nas empresas. A fricção no processo foi grande. Muitas reuniões, busca pelos responsáveis para a tomada das decisões, contingências não programadas, recursos indisponíveis e outros problemas. A crise mostrou que os planos de recuperação e continuidade não são só teoria.

5. Reforce a segurança de informação: o ambiente controlado dos escritórios, com infraestrutura e tecnologia dedicada para manter a segurança da informação da empresa ainda é suscetível a fragilidades, que expõem os dados das organizações.

6. Repense as áreas de auditoria, compliance e controles internos: em momentos de crise, a tendência dos executivos é primeiramente desmobilizar áreas que não geram receita ou não estão ligadas à atividade primária da organização. Neste cenário, as estruturas de gestão de riscos, auditoria e compliance sofrem mais rapidamente, comprometendo os controles dos processos que evitam riscos de perdas, desvios, fraudes, erros, multas ou atos ilícitos.

A gestão de riscos na retomada deve ser tratada com a seriedade que a realidade atual impõe. As organizações não voltarão a ser como eram. O novo normal poderá trazer muitas oportunidades que, se bem exploradas, poderão levar as empresas a patamares mais elevados de eficiência e produtividade, sem abrir mão de controles e monitoramento dos riscos.

Fonte: www.jornaldocomercio.com Por Rodrigo Castro

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