Quem sofre com o problema tem o trabalho como uma obsessão e esquece a vida pessoal. O workaholic enxerga o trabalho como uma válvula de escape para os problemas pessoais ou então busca realização profissional, poder e status. “O profissional chega a sentir culpa e ansiedade por não estar trabalhando nos momentos de lazer ou descanso, o que afeta e muito a qualidade de vida deste tipo de pessoa”, ressalta a analista.
O vício pode ser constatado quando o trabalho se torna excessivo, excedendo o horário exigido e comprometendo finais de semana e feriados. “A pessoa tem um envolvimento tão forte que prefere o trabalho em detrimento da sua própria vida. Pressões sociais e familiares, problemas financeiros, receio de perder o emprego, desejo de alcançar níveis superiores na organização ou na carreira e a forte competição no mercado de trabalho são alguns fatores que aumentam o risco do profissional se tornar um workaholic”, aponta a especialista.
Segundo Simone, a falta de equilíbrio entre a vida pessoal e profissional faz com que o workaholic não tenha tempo para o lazer, não tenha hobbies, evite os relacionamentos familiares e não se importe com o desgaste físico e mental desde que consiga cumprir metas e alcançar objetivos. “Chegar mais cedo e sair mais tarde do trabalho e levar atividades para fazer em casa são atitudes muito comuns entre os viciados em trabalho. As férias e feriados são encaradas como períodos improdutivos e desnecessários”, acrescenta.
Os reflexos na saúde são inevitáveis. Insônia, problemas cardíacos e gastrointestinais, alterações na pressão sanguínea, esgotamento físico e mental, dores de cabeça, depressão, agressividade e alterações no humor são alguns dos problemas que os workaholics poderão enfrentar. “É importante trabalhar, mas a vida não se resume a isso. Um profissional relaxado, que separa um tempo para praticar atividades físicas, para ler e que equilibra a vida pessoal com a profissional será muito mais criativo, motivado e produtivo do que alguém que só trabalha sem parar”, considera.
Fonte: Revista Incorporativa
03/05/2011