Com a ascensão da inteligência artificial e agentes autônomos, estão desaparecendo as chamadas “zonas de sombra” nas corporações — aquelas camadas de liderança intermediária que existiam para evitar riscos, postergar decisões e manter relevância mesmo sem gerar impacto real.
Até pouco tempo, muitos líderes sobreviveram apenas mantendo processos burocráticos, controlando fluxos e evitando exposição. Porém, a automação e a velocidade trazidas pela IA eliminam necessidades de revisões múltiplas e de funções cujo valor está mais no status do que na contribuição.
O modelo corporativo hierárquico rígido está cedendo lugar a estruturas mais enxutas, transparentes e ágeis. As posições criadas para mitigar problemas, garantir segurança ou simplesmente funcionar como intermediárias começam a perder sentido quando processos podem ser feitos em menos camadas e com mais precisão.
O futuro exige liderança de impacto, ou seja, pessoas que sejam capazes de assumir responsabilidade, provocar transformações, tomar decisões e gerar valor concreto. Liderar deixará de ser uma questão de evitar riscos e se tornará essencialmente sobre resolver problemas, inovar, experimentar e lidar bem com a incerteza.
Fonte: StartSe – Como a inteligência artificial está acabando com líderes de sobrevivência nas empresas