Já pensando na passagem de bastão, Zini conta que investe na formação dos futuros líderes da empresa. Atualmente, seu filho mais velho está em Barcelona, na Espanha, fazendo um curso de sucessão familiar. O outro se prepara para, provavelmente, substituir o pai. “Ele tem mais características de líder”, diz o executivo. Esse ambiente de competição, que privilegia a capacitação e as características de cada profissional, é um fator importante para que a “empresa possa ir à frente por muito tempo”, segundo Zini.
Na opinião de Leonardo Viegas, conselheiro de administração do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), o desafio de um herdeiro ao assumir um cargo de liderança na empresa da família é provar que ele é capacitado, “pois será mais cobrado”, conta. O lado positivo, explica, é que ele pode ter um conhecimento maior dos valores da empresa.
Viegas destaca que uma boa estrutura de governança auxilia no processo de sucessão. Para ele, ter um conselho de família, que separa assuntos familiares daqueles de direção do negócio, e contar com avaliação profissional externa são boas dicas para que o processo seja bem-sucedido.
“O ideal é que o candidato, além de formação, tenha uma história de sucesso ou empenho positivo em outras organizações”, acrescenta.
Fonte : pme.estadao.com.br