Na busca por um diferencial em um mercado cada vez mais competitivo, as empresas têm um desafio: como inovar e manter a sua competitividade?
A resposta pode não estar em contratar novos talentos ou em investir em startups consolidadas, mas sim em olhar internamente para seu negócio, especialmente, para os talentos que possui.
E é nesse cenário que surge o intraempreendedorismo, um termo ainda desconhecido no mundo corporativo.
O intraempreendedorismo é a arte de empreender dentro da própria empresa, apoiar e permitir que colaboradores desenvolvam uma mentalidade empreendedora para gerar novos produtos, serviços ou processos de maneira proativa e criativa.
Essa prática não apenas beneficia a empresa, mas também motiva e valoriza os colaboradores, dando-lhes uma sensação de pertencimento sobre seu trabalho e os resultados.
A prática é tão relevante que um estudo sobre Corporate Venturing Shifts Gears, elaborado pela empresa de consultoria norte-americana Boston Consulting Group, revelou que 40% das 30 maiores empresas norte-americanas já aplicam programas de intraempreendedorismo no seu negócio.
Conheça os dois tipos de intraempreendedorismo:
Intraempreendedorismo de valor agregado: empreendedorismo relacionado à atividade principal da empresa e visa a inovação e crescimento dentro da área de atuação.
Um exemplo é a 3M, inicialmente focada em adesivos para o mercado aeroespacial, inovou ao criar o Post-it.
Intraempreendedorismo de spin-off: ideias que se desviam da atividade original da empresa, podendo até criar novas empresas.
O console Playstation da Sony, é um exemplo clássico. A Sony iniciou com a produção de TVs e aparelhos de som para se tornar um sucesso no mundo dos games.
Quais os benefícios do intraempreendedorismo para as empresas?
1. Retenção de talentos: ao permitir que os colaboradores explorem sua criatividade e inovação, eles se sentem mais valorizados e engajados.
2. Impulsiona a inovação: ao envolver os colaboradores, pode levar à identificação de novas oportunidades ou à melhoria de processos existentes, reduzir custos, e elevar a competitividade.
3. Diversificação do portfólio: o intraempreendedorismo, especialmente do tipo spin-off, faz com que as empresas possam diversificar seus negócios, entrando em novos mercados ou segmentos.
4. Desenvolvimento de lideranças: através de projetos, os colaboradores têm a oportunidade de assumir posições de liderança, ajudando a empresa a desenvolver futuros líderes.
Entretanto, nem tudo é perfeito e otimista quanto parece. Existem desafios significativos na implementação da cultura do intraempreendedorismo dentro das empresas, como: falta de alinhamento estratégico, aversão ao risco, intolerância a erros, processos burocráticos e hierarquias.
O intraempreendedorismo transcende ser apenas uma tendência ou filosofia, é uma demanda emergente no mundo corporativo, afinal, as possibilidades na inovação são infinitas e, muitas vezes, podem estar à espera de um líder visionário e audacioso.
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