Liberação dos funcionários para os jogos é tema de evento que será realizado hoje em Curitiba
Curitiba – A vontade da maior parte dos brasileiros é assistir aos jogos do Brasil na Copa do Mundo em casa, em um bom sofá, sem dispensar guloseimas tradicionais como a pipoca. No entanto, antes de liberar ou manter os funcionários no local de trabalho durante as partidas do mundial, as empresas precisam definir quais estratégias vão adotar e não esquecer as questões legais que envolvem um expediente mais curto. O assunto será discutido hoje em um seminário promovido pelo Instituto Brasileiro de Governança Trabalhista (IBGTr), na Universidade Positivo, em Curitiba.
Na capital, a prefeitura decretou ponto facultativo nos dias em que haverá jogos na cidade: no dia 16 de junho (Irã e Nigéria); 20 (Honduras e Equador); 23 (Austrália e Espanha) e 26 (Argélia e Russia). A advogada e presidente do IBGTr, Danielle Vicentini Artigas, sugere que as empresas façam acordos coletivos específicos prevendo a compensação do tempo despendido com os jogos da Copa em outro dia. Estes acordos também precisam ter a homologação do sindicato da categoria.
Ela disse que em situações de trabalhadores de chão de fábrica que atuam em atividades que não há como parar a produção, a sugestão é disponibilizar telões para que todos possam assistir aos jogos. “Tudo depende do perfil e do ramo de atuação da empresa”, afirmou.
Segundo ela, simplesmente parar a atividade e não compensar traz impactos financeiros. Um levantamento realizado pelo IBGTr com base em dados como população ativa, valor de salário-hora e número de empresas, mostrou que as perdas financeiras podem chegar a R$ 5 bilhões no País caso as horas paradas não sejam compensadas considerando que o Brasil chegue à final da Copa.
Danielle alertou ainda que as empresas não podem permitir vandalismo e embriaguez dentro das suas dependências. Outro aspecto que precisa ser esclarecido é não autorizar o uso de e-mail corporativo para a realização de “bolões”. Também é preciso verificar se atestados médicos apresentados em dias de jogos têm algum indício de serem falsificados, o que pode gerar uma demissão por justa causa.
Por outro lado, a diretora da empresa de desenvolvimento humano e organizacional ZHZ Consultores, Susane Zanetti, disse que é importante não prejudicar o negócio, mas também motivar o funcionário. “Muitas empresas estão trabalhando com o diálogo com os empregados para tomar as decisões a respeito da Copa”, destacou.
Ela lembrou que há inclusive funcionários que compraram ingressos para ir aos jogos e, para isso, pode ser negociada uma compensação de horas. “É importante que as empresas se organizem antecipadamente para passar pelo período da Copa da forma mais tranquila possível”, disse.
Susane também ressaltou que a postura do líder tem uma grande influência sobre os funcionários. Segundo ela, o líder precisa ter um canal de comunicação rápido para passar o que foi decidido sobre a Copa para os trabalhadores. Esse canal pode ser por mural, reuniões ou mesmo intranet, mas precisa ser eficiente para não levar a distorções de informação. “A comunicação precisa ser estendida até a base da empresa com a mesma velocidade em todos os setores”, esclareceu.
Fonte: Folha web
Compartilhe nas redes!
Preencha o formulário abaixo para entrar em contato conosco!
Últimos Posts:
Categorias
Arquivos
Tags
Fique por dentro de tudo e não perca nada!
Preencha seu e-mail e receba na integra os próximos posts e conteúdos!
Compartilhe nas redes:
Posts Relacionados
INSS divulga os novos valores dos benefícios para 2025
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) anunciou os novos valores dos benefícios para 2025, vigentes desde 1º de janeiro. O salário-mínimo foi reajustado para
Contrato Intermitente: especialista explica aplicação e benefícios dessa modalidade de contratação
Em dezembro de 2024, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a constitucionalidade do contrato de trabalho intermitente, modalidade introduzida pela Reforma Trabalhista de 2017. Esse
Entenda as principais mudanças da reforma tributária
A recente reforma tributária sancionada em 16 de janeiro de 2025 introduziu mudanças significativas no sistema de cobrança de impostos sobre o consumo no Brasil.
Appy estima IVA “em torno de 28%” após regulamentação da tributária
O secretário especial da Reforma Tributária, Bernard Appy, estimou que a alíquota do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) no Brasil será em torno de 28%
Empresas têm até 31 de janeiro para definir regime tributário de 2025
As empresas têm até 31 de janeiro de 2025 para definir o regime tributário mais adequado às suas operações. As opções disponíveis são: Simples Nacional: