Especialistas da consultoria Robert Half explicam como a educação continuada pode aprimorar o profissional e mantê-lo empregado.
No início do ano, os profissionais costumam ter mais ânimo e energia para colocar em prática aquelas resoluções de final de ano ou priorizar aquelas promessas que ficaram meio perdidas na correria do dia a dia.
Neste momento, é importante fazer uma autoavaliação sobre as necessidades de desenvolvimento ou aprimoramento de alguma habilidade técnica ou comportamental de cada profissional e dar início a esse aprimoramento
Incentivando ainda mais os motivos para retomar a vontade de estudar e se aprimorar, no mapeamento da 17ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH), realizado em agosto de 2021, 42% dos 387 recrutadores entrevistados afirmaram ter vagas abertas por não conseguirem encontrar profissionais adequados à função.
Três meses depois, na 18ª edição do mesmo estudo, mais de 70% dos líderes entrevistados declararam ser desafiador ou muito difícil encontrar profissionais qualificados no mercado.
Ou seja, a educação continuada influencia diretamente na empregabilidade dos trabalhadores brasileiros, especialmente neste momento de recolocação profissional.
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ToggleQualificação reduz as chances de desemprego
Isso não quer dizer que, necessariamente, com as qualificações em dia, oportunidades começarão a chover diante do profissional. Porém, na disputa por uma oportunidade ou diante da possibilidade de uma promoção na empresa que o colaborador atua, as chances diante dos demais candidatos que competem de forma direta tendem a aumentar de maneira significativa.
Além disso, pelo histórico do ICRH, que é realizado trimestralmente desde junho de 2017, a taxa de desemprego cai pela metade, quando consideramos apenas os profissionais qualificados, na comparação com a população em geral.
Era da Inovação
Por todas essas razões, a educação continuada é a aposta do diretor geral da Robert Half para a América do Sul, Fernando Mantovani.
“Na minha visão, inclusive após a graduação, os profissionais devem manter a atenção às oportunidades e necessidades de atualizar conhecimentos e habilidades, considerando os movimentos do mercado e os caminhos que se quer percorrer nele”, explica.
Ele ressalta que isso é ainda mais necessário na “Era da Inovação” vivida atualmente, com novidades em termos de processos e tecnologias surgindo todos os dias, seja para otimizar a rotina, seja paraaprimorar produtos e serviços.
O mundo, dentro e fora das empresas, está em constante mudança. Como profissionais, precisamos ser capazes de acompanhar esses movimentos.
Qual curso escolher?
Essa é uma decisão que o diretor-geral considera muito pessoal, mas ele avisa que apenas a graduação não basta.
“A decisão deve levar em conta em qual momento da carreira você está, onde deseja chegar e quais caminhos precisa percorrer para alcançar esses objetivos. Pode ser um curso livre, de extensão ou especialização”, esclarece.
Caso seja difícil escolher por conta própria, ele indica pesquisar na internet o currículo de profissionais que o profissional admira. Vale, ainda, buscar aconselhamento com algum gestor ou profissional de confiança, que possam servir de parceiros de pensamento nessa importante escolha.
Importância dos idiomas
Outro ponto relevante para o diretor-geral é a fluência em outros idiomas, que pode inclusive fechar portas para o candidato.
“Se o profissional não tem fluência no idioma inglês e já identificou no seu plano de carreira que, em algum momento da sua trajetória, esse pode ser um impeditivo para alcançar seus objetivos, sugiro começar o estudo por essa habilidade”.
Segundo ele, as empresas valorizam muito quem se comunica bem nesse idioma. Sem contar que a fluência no inglês ainda é uma habilidade bastante escassa no mercado de trabalho brasileiro.
Ele finaliza: “Recentemente, li uma frase que não consegui identificar o autor. Mas, independentemente disso, faz todo sentido para a mensagem que quero transmitir com esse artigo: ‘as oportunidades nunca são perdidas, pois alguém vai aproveitar as que você perdeu’”.
Mantovani aconselha o trabalhador a não perder a chance de ser o profissional de talento que o mercado deseja e precisa.
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