As novas regras aprovadas pelo PL 1.087/2025 reorganizam a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) e criam um modelo de tributação voltado às altas rendas, impactando diretamente trabalhadores, empresas e planejamento tributário dos sócios.
A partir de janeiro de 2026, a faixa de isenção passa a contemplar quem recebe até R$ 5.000 mensais. Haverá ainda uma zona de transição para rendas entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350, reduzindo gradualmente o imposto devido. Em 2027, rendimentos anuais de até R$ 60.000 estarão totalmente isentos, com desconto reduzido para quem estiver entre R$ 60.000,01 e R$ 88.200 anuais.
Para as altas rendas, a tributação será mais rígida: contribuintes que recebem acima de R$ 600.000 por ano terão incidência de uma alíquota mínima, progressiva, que pode chegar a até 10% para rendimentos superiores a R$ 1,2 milhão anuais — incluindo dividendos.
Impactos práticos para empresas e contabilidade:
As empresas precisam revisar cálculos de folha, retenções e projeções financeiras já para 2026, adequando-se às novas faixas de isenção. Sócios e executivos com rendimentos elevados devem realizar simulações para avaliar como a nova taxação impactará sua remuneração, distribuição de lucros e estratégias de planejamento tributário. Escritórios contábeis também devem orientar seus clientes sobre ajustes contratuais e societários necessários diante desse novo cenário.