A holding familiar vem ganhando espaço como ferramenta de organização patrimonial, sucessão e governança, mas seu verdadeiro propósito vai muito além de “blindar” bens ou reduzir impostos. A notícia destaca que o uso correto da holding deve estar alinhado à construção de legado, continuidade dos negócios e proteção responsável do patrimônio — e não como mecanismo oportunista para esconder bens ou fraudar credores.
Quando estruturada com seriedade, a holding centraliza ativos, facilita a sucessão em vida, reduz conflitos entre herdeiros, permite cláusulas de proteção (como incomunicabilidade e inalienabilidade) e gera mais previsibilidade tributária em processos como ITCMD, ITBI e inventário. Além disso, cria um ambiente de educação patrimonial, no qual herdeiros passam a compreender e participar da gestão dos bens familiares.
O texto alerta que modelos artificiais ou montagens feitas apenas para burlar tributos — como estruturas padronizadas de “cofre, veículo e destino” — aumentam o risco de autuações, multas e até responsabilização judicial. Também ressalta que, sem governança e alinhamento entre os membros da família, a holding pode se transformar em fonte de litígios.
A mensagem central é clara: holding é planejamento, ética e visão de longo prazo, sendo um instrumento robusto para organizar o patrimônio, transmitir valores familiares e garantir continuidade — não uma estratégia para esconder problemas.
Fonte: https://portalcontabilsc.com.br/artigos/holding-e-pacto-de-legado-nao-escudo-de-oportunista/