A implementação do IBS e da CBS (LC 214/25) exigirá uma reprecificação ampla no setor de serviços. Além da alíquota efetiva estimada em ~19,6% (após redução de 30% para serviços intensivos em mão de obra), o split payment muda o fluxo de caixa ao reter e repassar o imposto diretamente ao fisco. Resultado: quem não repassar corretamente pode comer margem sem perceber.
Pontos-chave para empresas de serviços
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Ruptura com ISS/PIS/COFINS: IBS/CBS passam a incidir de forma uniforme e não cumulativa; serviços tendem a ter menos créditos que a indústria, limitando compensações.
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Efeito na margem: sem repasse contratual, a receita líquida cai, sobretudo em contratos recorrentes.
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Regime tributário vira decisão estratégica: faixas altas do Simples podem perder atratividade; Presumido aperta margens; Real ganha espaço quando há despesas creditáveis relevantes.
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Governança e contratos: será necessário clarear a composição de preço e prever recomposição por variação tributária para evitar litígios.
O que fazer agora (checklist rápido)
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Simular preços por carteira/cliente (antes/depois) e definir regra de repasse.
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Revisar regime (Simples x Presumido x Real) considerando estrutura de custos/creditáveis.
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Ajustar contratos com cláusula de recomposição e transparência do imposto destacado.
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Fortalecer governança integrando contábil, fiscal, jurídico e pricing; usar ferramentas para cenários.
Conclusão
A mudança não é “apenas fiscal”: é estratégica de preço. Quem recalcular margens, renegociar contratos e alinhar o regime tributário tende a atravessar a transição preservando competitividade.