tributária e a de controles, para citar algumas cruciais no sistema produtivo.
Várias pesquisas de empresas de recrutamento de executivos, aqui e no exterior, confirmam a tendência. Uma delas, feita pela Consultoria Robert Half, ouviu cerca de 1.900 responsáveis pela contratação nas empresas em dez países. E concluiu que, no primeiro semestre de 2011, 36% dos consultados pretendem aumentar as equipes de executivos no Brasil – perto de 40% na área da contabilidade.
É interessante a análise para explicar a ampliação dessa demanda em nosso País. O contabilista no Brasil, mais do que em outros países, é hoje um quadro estratégico para todas as áreas das corporações. Basta pinçar a planilha de nossa carga tributária, uma das mais elevadas do mundo.
O Brasil, como potência emergente, exige que os especialistas se obriguem à constante atualização nas áreas fiscal e tributária para acompanhar prazos, normas, decretos e regras de todos os calibres. O desafio é criar sintonia com a velocidade das mudanças.
As empresas que pretendem se instalar no Brasil têm dificuldade em entender a complexidade do nosso ambiente fiscal e tributário.
O contabilista, assim, deixa de ser mero técnico para assumir a posição estratégica de aconselhamento, vital para a tomada de decisão de investidores, diretores e altos executivos.
Há ao menos duas conclusões a extrair desses fatos. A primeira é que o contabilista está cada vez mais valorizado e sua atuação pode ser comparada com a do advogado como operador do Direito e a do médico na área da Saúde. É por isso que propugnamos por vários anos e aplaudimos a decisão, tomada em 2010, de fazer retornar, por Lei Federal, a obrigatoriedade do Exame de Suficiência, reconhecimento oficial de que o profissional de contabilidade reúne a capacitação exigida por um mercado crescente . Mais do que exigência, trata-se de valorizar os conhecimentos dos profissionais.
A outra conclusão deriva da anterior. O contabilista está obrigado a se reciclar a cada dia, num aprendizado permanente. Esta atitude é fundamental para consolidarmos a noção de que nossa atividade mudou de patamar e sua valorização deve ser prioritária em todos os empreendimento, nesses tempos de competitividade acirrada e busca de produtividade.
José Maria Chapina Alcazar é empresário, presidente do SESCON-SP – Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e de Assessoramento no Estado de São Paulo
Fonte: Diário do Comércio
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