O professor de gestão de pessoas da IBE-FGV, Sérgio Miorin, disse que os modelos de reuniões atualmente seguem a tendência de agregar poucas pessoas e de se levar funcionários com poder de decisão, pois, caso contrário, muito se falará e nada será decidido. As reuniões com muitas pessoas provocam dispersão e acabam fugindo do foco.
Para Sergio Miorin, o brasileiro ainda não aprendeu a fazer reunião. A quantidade de reuniões, muitas vezes, é absurda, além do que deveria.
“Já foi detectado em pesquisas que um terço das reuniões são aproveitáveis. O resto é perda de tempo”, diz.
O especialista Miorin acredita que alguns pontos devem ser observados para o sucesso de uma reunião. “É preciso ter objetividade na hora da convocação. As pessoas estarem preparadas e entenderem o que é uma reunião. Ter um tempo. Algo que funciona bastante também é ter um cronômetro regressivo porque o pessoal acaba percebendo a noção da hora. Ele começa com uma hora e vem regredindo para as pessoas terem a sensibilidade de que está acabando a reunião”, explica.
Na avaliação de Viviane Gonzalez, especialista na área de recursos humanos e diretora da Business Partners Consulting Interior São Paulo, quando bem organizadas, as reuniões têm a função de buscar a solução de conflitos de forma rápida. Para ela, as reuniões presenciais são muito importantes. “Hoje em dia tem e-mail, telefone, conference call, skype e tudo mais. Sim, a gente tem esses meios de comunicação, mas a reunião presencial ainda é importante. Mas, para isso, você tem que ter uma pauta definida, ver quem vai participar da reunião, se as pessoas que estão participando têm poder de decisão para não ficar aquela coisa de enrolação e tem sempre que ter um mediador ou um líder para não fugir do foco”, destaca.
Viviane e Miorin orientam que, para concluir com proveito, a reunião deve terminar com um relatório, ata ou, no mínimo, uma lista de tarefas que deve ser enviada a todos os participantes, com prazos e metas a serem cumpridas. Ao líder cabe a responsabilidade de cobrar pela efetividade desses pontos. “Nesse momento, entram os e-mails de confirmações do que foi resolvido, de forma que todos saibam o que devem fazer”, destaca Viviane.
No entanto, Viviane Gonzalez lembra, ainda, que há reuniões de discussões, e nesse caso a regra básica de uma hora e mais 15 minutos para considerações finais não é levada em consideração. “Existem reuniões onde se vai para falar uma série de ideias e não se precisa sair com nada definido. São para pensar, usar o lado criativo, colocar algumas coisas e tudo mais. São reuniões de briefing, como chamamos. Nesse caso, podem durar mais tempo, pois as pessoas que estão lá são criativas, como da área de marketing. Mas reuniões de vendas, de finanças, são muito pontuais. Elas têm um objetivo final a ser concluído”, diz.
Fonte: DCI – SP
Compartilhe nas redes!
Preencha o formulário abaixo para entrar em contato conosco!
Últimos Posts:
Categorias
Arquivos
Tags
Fique por dentro de tudo e não perca nada!
Preencha seu e-mail e receba na integra os próximos posts e conteúdos!
Compartilhe nas redes:
Posts Relacionados
Reforma da Renda: o que muda para você
A proposta de lei prestes a ser sancionada traz alterações relevantes no tratamento do imposto de renda das pessoas físicas, e é importante que você
O enigma no PL 1.087 e a possibilidade da distribuição de lucros acumulados até o fim de 2025 sem tributação
O Projeto de Lei 1.087/2025 traz uma possível oportunidade para empresas e sócios: a distribuição, sem tributação adicional, dos lucros acumulados até 31 de dezembro
Blindagem patrimonial: Quando o escudo vira armadilha jurídica
A blindagem patrimonial — prática que envolve organizar bens por meio de holdings ou outras estruturas para protegê-los de riscos — tem sido cada vez
Empresa não pode obrigar empregado a ‘vender’ parte de suas férias
A legislação trabalhista brasileira reforça que a conversão de parte das férias em dinheiro — o chamado abono pecuniário — é um direito exclusivo do
A reforma tributária exige revisão imediata dos contratos
A reforma tributária brasileira, já em fase de implementação, traz mudanças profundas na forma como tributos serão calculados, creditados e repassados entre empresas. Esse novo