Em 2016, ultrapassamos a marca de 12 milhões de desempregados e isso desencadeia um número impactante na abertura de microempresas
O ano começa e muitas pessoas resolvem abrir seu próprio negócio. Mas vale um alerta: recentemente, o IBGE divulgou uma pesquisa onde revela que, de cada 10 empresas abertas no Brasil, 6 fecham antes de completarem 5 anos. É triste saber dessa realidade, ainda mais pelo fato de que 99% das empresas no brasil são micro ou pequenas.
Segundo o Sebrae, os principais motivos para a taxa de mortalidade das micro e pequenas empresas são: planejamento ineficaz, qualificação inadequada, falta de recursos financeiros, burocracia excessiva e escassez de clientes.
Há o empreendedor que abre o negócio porque identificou uma oportunidade e outro que abre apenas por uma necessidade à medida que ficou sem seu emprego formal. Em 2016, ultrapassamos a marca de 12 milhões de desempregados e isso desencadeia um número impactante na abertura de microempresas. Segundo dados da revista PEGN, a taxa de empresas abertas por necessidade passou de 29% para 44%, voltando ao patamar de 2007. Isso se torna um grande risco para a sobrevivência do negócio.
Analisando este cenário, desenvolvi uma fórmula, em 5 passos, que pode ajudar quem está pensando em empreender e também balizar as ações do empreendedor que luta contra a crise, mas não sabe aonde pode estar errando.
1- Paixão
“Encontre um trabalho que você ame e não terás que trabalhar um único dia em sua vida.” (Confúcio)
Quando amamos o que fazemos, engajamos as pessoas ao nosso redor, o esforço é maior, os problemas transformam-se em etapas e os resultados sempre parecem mais próximos.
Sim, há grandes investidores que ganham muito dinheiro comprando e vendendo empresas sem amar o negócio, mas como vimos acima que, quase a totalidade das empresas brasileiras é formada por microempresários, vale a pena levantar todo dia e batalhar pelo que realmente se ama.
Mas só paixão não garante a sobrevivência, é preciso outro “P”.
2- Planejamento
Cuidado para não ficar tão envolvido no operacional (corre-corre cotidiano) e se esquecer do planejamento, traçar os próximos passos da empresa. Outro mito e um erro comum nos empreendedores por necessidade, é que muitos deles abrem e quebram em seguida, pois pensavam que iam trabalhar menos e que não teriam patrão. O patrão da empresa é o cliente e, às vezes, não perdoa uma única falha.
Planejar as finanças: muitos nem fazem a separação do dinheiro da empresa do pessoal. Precisou de uma grana, abre a gaveta da empresa e pega sem nem mesmo fazer os lançamentos das retiradas.
Antes de abrir o negócio, pesquise muito, estude a concorrência, o ponto que pretende abrir, as opiniões dos clientes e aprenda com os erros dos outros, pois é mais rápido e barato. E muito cuidado! Certa vez, Benjamim Franklin disse: “Quem falha em planejar, planeja falhar”.
3- Possibilidades
O sucesso de ontem não garante o de amanhã, ou seja, cuidado quando o negócio começa a decolar, pois a tendência é cair na zona de conforto e isso pode ser fatal.
O ciclo de vida de um produto passa pelos estágios de introdução, crescimento, maturidade e declínio. Portanto, reinventar-se é uma variável vital para se manter atuante num mercado cada vez mais competitivo e inovador.
Como exemplos, veja o caso da AIRBNB, fundada em 2008 em plena crise e, hoje, vale mais de 100 bilhões de reais. E a empresa Americana UBER, fundada em 2009, que já vale de 200 bilhões de reais, mais que a GM, FORD e Petrobras?
No Brasil, 77% das empresas listadas entre as 500 maiores em 1973, já desapareceram dessa relação.
E quem é responsável pelos passos 1, 2 e 3 que citamos acima? O “P” mais importante: Pessoas.
4- Pessoas
São as pessoas certas, nos lugares certos e motivadas que têm o poder de multiplicar um negócio.
Muitas vezes, o pequeno empreendedor começa sozinho ou com a ajuda de familiares, mas à medida que vai crescendo, precisa de gente para cuidar dos processos e dos clientes. Essas pessoas precisam conseguir manter a trajetória da organização, mas a baixa qualificação, desconhecimento da cultura da empresa e o não engajamento total, as tornam ineficazes, desmotivadas e o resultado pode ser desastroso.
Segundo Jim Collins, autor do livro “Empresas feitas para vencer”, o maior ativo de uma organização não são as pessoas, são as pessoas certas. Reflita sobre quem você tem ao seu lado e quanto isso pode comprometer o desempenho de sua empresa.
São as pessoas que vão te ajudar a conquistar clientes, agigantar o seu negócio, portanto, cuide da sua equipe com o mesmo zelo e carinho como imagina cuidar dos clientes externos.
5- Resultado
A observância e o monitoramento das variáveis acima são cruciais para a sobrevivência das empresas, principalmente para os micro e pequenos empreendedores no Brasil.
É utópico afirmar que se trata de uma fórmula que garante o sucesso, mas uma coisa é certa: irá minimizar os riscos e maximizar as chances de sucesso, ou menos alertar quem mais precisa. A fórmula “P + P + P X P = R” se trata de um ótimo raio “x” para o seu negócio. Pense nisso!
Fonte: Administradores
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