O resultado aponta que no contínuo processo de ascensão profissional feminina, as mulheres se deparam com um novo desafio no ambiente corporativo contemporâneo: os conflitos multigeracionais. Foram estudadas entre as profissionais das gerações X (idades entre 30 anos e 45 anos), Y (idades entre 20 anos e 29 anos) e Z (nascidas nos anos 1990).
Entrevistas pessoais
A pesquisa foi desenvolvida pela Bridge Research em 2010, baseada em entrevistas pessoais com uma amostra de 672 pessoas na Grande São Paulo, Grande Rio de Janeiro e Grande Porto Alegre apontou que as profissionais paulistanas de três gerações têm dividido espaço físico, cargos e desafios em um ambiente corporativo altamente competitivo.
A experiência prática e o preparo acadêmico tornou os profissionais da geração X (com idades entre 30 anos e 45 anos) em legítimos herdeiros dos postos de liderança disponíveis desde a aposentadoria dos baby boomers, geração nascida entre 1946 e 1964.
Curso alterado
O que deveria transcorrer de modo natural e na mais perfeita tranqüilidade: a convencional substituição de uma geração de executivos por outra, teve seu curso alterado por uma nova disputa de poder. Observou-se que os questionadores e com pressa para ascender na carreira, integrantes da geração Y (com idades entre 20 anos e 29 anos) passaram a disputar cargos com o profissional X.
A forma como cada geração lida com questões pessoais e profissionais pode condicionar a convivência com um conflito multigeracional. Em comum às gerações, a falta de planejamento da carreira; a escolha é feita muito cedo, o que impede a definição de um plano maduro para a carreira. E como age cada profissional? Assertiva, a chefe X costuma ser objetiva, comprometida com resultados, competitiva e responsável. A Y apresenta a faceta mais humana do ambiente corporativo, mostrando-se acessível, bem informada, flexível e adaptável – uma profissional preparada para o trabalho em equipe por buscar soluções para problemas comuns à equipe. A estagiária Z é a profissional com mais energia em estado bruto.
Primeiras experiências
De acordo com Renato Trindade, presidente da Bridge Research e coordenador da pesquisa, “a estagiária Z busca o crescimento por meio do aprendizado e enxerga as primeiras experiências profissionais como uma oportunidade de traçar um caminho possível para o desenvolvimento da carreira”, afirma. A carreira está em primeiro plano para a geração X, enquanto que a prioridade das mulheres da Y, no início de carreira, é equilibrar a vida pessoal e a profissional.
Ainda dentro da análise comportamental a pesquisa define que as mulheres da geração Z têm comportamentos infantis com relação ao trabalho. “Essas mulheres se preocupam em não cometer os mesmos erros da geração passada, ou seja, acreditam que a X abandonou a família em detrimento da carreira”, explica Trindade.
Para o coordenador da pesquisa, o trabalho é fonte de realização e status da geração X. Já para a Y associa a carreira é vista como a afirmação da maturidade perante a sociedade; e a Z acredita que o trabalho é um mal necessário. Os relacionamentos da geração X são permeados pela esfera profissional, limitados ao tempo disponível, enquanto que a Y procura manter uma vida social mais ativa. Por outro lado, a Z mostra um descompromisso total com as obrigações cotidianas.
Como acertar?
Sobre as angústias profissionais, a Y mostra que o gatilho está na necessidade de saber qual será o próximo passo a ser dado. A questão principal é “como acertar sempre?”Essas mulheres sonham com a criação de uma carreira estável e financeiramente segura. Aspiram fazer cursos no exterior, ser promovidas e ganhar mais. Ao mesmo tempo não deixam de lado o desejo de constituir família.
Segundo Renato Trindade, desafios e competições à parte, a convivência das três gerações pode dar origem a uma equipe na qual as diferentes competências e características das profissionais se completem. “Motivada pelas Y e Z, a profissional X deve estar pronta a quebrar paradigmas e criar novos modelos de eficiência. Para isso, precisa focar na adaptabilidade. Pronta para mudar o cenário atual, a Y deve colocar a alta capacitação técnica e acadêmica a serviço da equipe. A profissional Z, a mais maleável, está apta a lidar com a diversidade e as novas características do mercado corporativo”, afirma Trindade, defendendo que na diversidade está a solução não o problema.
Fonte: DCI
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