Síndrome de Burnout: o esgotamento no trabalho pode deixar você doente

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A Síndrome de Burnout parece se tornar um fenômeno de massa, recebendo atenção constante da mídia. Mais e mais pessoas estão faltando trabalho devido ao burnout. Mas esse conjunto de sintomas é uma doença claramente definida? Como a síndrome de burnout é diferente da depressão? Muitas perguntas ainda não foram respondidas.

Nos últimos anos, a crise econômica afetou o Brasil e fez com que as configurações do mercado de trabalho mudassem. Assim, observamos ao longo dos últimos meses a intensificação do desemprego. Porém, quem permanece empregado ou se recolocou, percebe que o cenário nas organizações é de caos.

Hoje vemos um funcionário ocupando a posição que até pouco tempo atrás era exercida por 3 ou 4 pessoas. Assim, o estresse aumenta. A ansiedade e a pressão para manter o emprego também. Ou seja, esse excesso de trabalho e a preocupação demasiada porém, traz consequências para a saúde das pessoas.

O estresse constante faz com que você se sinta desamparado, desiludido e completamente exausto? Cuidado, pode ser Síndrome de Burnout.

Síndrome de Burnout, o que é?

O termo “burnout” foi inventado na década de 1970 pelo psicólogo norte-americano Herbert Freudenberger. Assim, ele usou isso para descrever as consequências do estresse severo e ideais elevados nas profissões de “ajuda”.

Médicos e enfermeiras, por exemplo, que se sacrificam por outros, muitas vezes acabam sendo “queimados” – esgotados, apáticos e incapazes de lidar. Porém, hoje em dia o termo não é usado apenas para essas profissões de ajuda, ou para o lado obscuro do auto-sacrifício. Parece que isso pode afetar qualquer pessoa, desde estridentes e celebridades estressadas até empregados sobrecarregados e donas de casa.

Surpreendentemente, não existe uma definição clara do que realmente é o burnout. Como resultado, não está claro o que o burnout é exatamente e como ele pode ser diagnosticado. Isso também torna impossível dizer o quão comum é.

Na síndrome de burnout os problemas parecem insuperáveis, tudo parece sombrio, e é difícil reunir a energia para se cuidar.

Assim, a infelicidade e o desapego que a síndrome de burnout causa pode ameaçar seu trabalho, seus relacionamentos, e sua saúde. Mas o burnout pode ser superado. Há muitas coisas que você pode fazer para recuperar o equilíbrio e começar a se sentir positivo e esperançoso novamente.

O que você pode fazer

  • Defina um momento do dia para você desconectar completamente da tecnologia;
  • Mexa-se! Não fique sentado por mais de uma hora;
  • Procure um psicólogo. A orientação profissional pode ajudá-lo a compreender o momento e fazer alterações de rota;
  • Faça das risadas e dos momentos de lazer uma prioridade;
  • Reduza o consumo de álcool, nicotina e cafeína;
  • Tenha noites de sono restauradoras.

Como reconhecer a Síndrome de Burnout? 

É um estado de esgotamento emocional, mental e físico causado pelo estresse excessivo e prolongado. Inegavelmente, ocorre quando você se sente oprimido, emocionalmente drenado, e incapaz de atender às constantes demandas.

Contudo, como o estresse continua, você começa a perder o interesse ou motivação que levou você a assumir um determinado papel em primeiro lugar.

Assim, pode ser considerado um período prolongado do tempo onde o indivíduo experimenta a exaustão e a falta do interesse nas coisas, tendo por resultado um declínio em seu desempenho no trabalho.

Ou seja, a Síndrome de Burnout reduz a produtividade e a energia, deixando você se sentindo cada vez mais indefeso, desesperançado e ressentido. Eventualmente pode desenvolver sintomas de depressão.

Os efeitos do burnout

Os efeitos negativos do esgotamento podem ser observados em todas as áreas da vida – incluindo sua casa, trabalho e vida social. Da mesma forma, burnout também pode causar alterações de longo prazo em seu corpo, ficando vulnerável a doenças como resfriados e gripe. Por causa de suas muitas consequências, é importante lidar com a síndrome imediatamente.

Você está no caminho para o burnout?

Você pode estar na estrada para a síndrome se:

  • Todo dia é um dia ruim;
  • Cuidar de sua vida profissional ou doméstica parece ser um desperdício total de energia;
  • Você está exausto o tempo todo;
  • A maioria do seu dia é gasto em tarefas que você considera entediante;
  • Você sente que nada que você faz é valorizado ou apreciado.

Sinais e sintomas físicos de burnout

A maioria de nós tem dias em que nos sentimos indefesos, sobrecarregados ou desprezados. Arrastar-se para fora da cama exige a determinação de Hércules.

Trata-se de um processo gradual. Os sinais e sintomas são sutis no início, mas eles pioram com o passar do tempo. Pense nos primeiros sintomas como sinalizadores vermelhos de que algo está errado e precisa ser resolvido. Se você prestar atenção e agir para reduzir o estresse, você pode evitar uma avaria importante. Se você ignorá-los, você acabará doente.

  • Cansaço e esgotamento na maioria das vezes;
  • Imunidade diminuída, ficando doente com muita frequência;
  • Dores de cabeça freqüentes ou musculares;
  • Alteração no apetite ou hábitos de sono.

Sintomas emocionais 

  • Sentimento de fracasso e dúvidas sobre seu desempenho;
  • Sentindo-se indefeso, preso e derrotado;
  • Desapego, sentindo-se sozinho no mundo;
  • Perda de motivação;
  • Perspectiva cada vez mais cínica e negativa;
  • Diminuição da satisfação e do sentimento de realização.

Sinais comportamentais

  • Retirada de responsabilidades;
  • Isolando-se dos outros;
  • Procrastinar, demorar mais para fazer as coisas;
  • Usando comida, drogas ou álcool para lidar;
  • Tirando suas frustrações sobre os outros;
  • Ignorando trabalho ou chegando tarde e saindo cedo.

A diferença entre estresse e burnout

O estresse pode ser definido como o grau de desgaste total causado no indivíduo pelas situações diárias. Ou seja, envolve pressões que exigem muito física e psicologicamente.

O estresse pode ser entendido como um estado de tensão emocional que produz um estado psicológico desagradável caracterizado por irritabilidade, distúrbio de sono e do apetite, dificuldade na concentração e preocupação exagerada com relação a situações triviais.

Eventualmente, há queda no rendimento com diminuição da memória e impotência. Pode ser desencadeado por uma situação súbita ou por situações conflitantes contínuas e seguidas.

Entretanto, o Burnout, por outro lado, é sobre não ser bom o suficiente. Significa sentir-se vazio, desprovido de motivação e abandonado. Pessoas que sofrem burnout muitas vezes não enxergam qualquer esperança de mudança positiva em suas situações.

Assim, ele se caracteriza por profundo sentimento de frustração e exaustão em relação ao trabalho desempenhado, sentimento que aos poucos pode se estender a todas as áreas da vida de uma pessoa.

Reformule a maneira que você olha o trabalho

Então, seu trabalho deixa você irritado ou é monótono e não te satisfaz?  A melhor maneira de combater o burnout é sair e encontrar um emprego que você ama. Naturalmente, para muitos de nós mudar de emprego ou de carreira está longe de ser uma solução prática.

Todavia, muitas vezes estamos gratos apenas por ter um trabalho que pague as contas. Seja qual for sua situação, porém, ainda há coisas que você pode fazer para melhorar seu estado de espírito.

Sessões de terapia irão ajudá-lo a ampliar o autoconhecimento e ressignificar algumas atitudes.  Ao longo das sessões o indivíduo pode elaborar junto com seu terapeuta, estratégias de enfrentamento da síndrome. Podem encontrar novos caminhos, novas alternativas e compreender se não está na hora de repensar a carreira. É provável que seja necessária uma alteração do estilo de vida. Exercícios físicos, meditação e técnicas de relaxamento também complementam os ganhos do processo psicoterapêutico.

Tente encontrar algum valor no que você faz

Mesmo em alguns trabalhos voluntários, você pode muitas vezes se concentrar em como o que você faz ajuda os outros, por exemplo, ou fornece um produto muito necessário ou serviço. Concentre-se em aspectos do trabalho que você gosta – mesmo que seja apenas conversando com seus colegas de trabalho no almoço. Mudar sua atitude em relação ao seu trabalho pode ajudá-lo a recuperar um senso de propósito e controle.

Encontre o equilíbrio em sua vida

Se você odeia seu trabalho, procure por significado e satisfação em qualquer outro lugar de sua vida: em sua família, amigos ou hobbies. Concentre-se nas partes de sua vida que lhe trazem alegria.

Faça amigos no trabalho

Ter laços fortes no local de trabalho pode ajudar a reduzir a monotonia e combater os efeitos do esgotamento. Ter amigos para conversar e brincadeiras durante o dia podem ajudar a aliviar o estresse de um trabalho insatisfatório ou exigente, melhorar o desempenho no trabalho ou simplesmente superar o estresse durante um dia difícil.

Tirar uma folga

Se o burnout parece inevitável, tente fazer uma pausa completa do trabalho. Tire férias, use os seus dias de folga, peça uma licença temporária ou qualquer coisa para sair desta situação. Use a distância e o tempo longe para recarregar suas baterias e perseguir outras etapas de recuperação de burnout.

Se você conhece alguém que esteja sofrendo com o estresse no trabalho, ou mesmo se você se identificou com os sinais descritos acima, procure um profissional de psicologia.

Percebi que um colega de trabalho está apresentando esses sintomas de Burnout, o que devo fazer?

A primeira coisa a fazer é puxar uma conversa e tentar honestamente entender o que está acontecendo. Agora, um ponto importante, ouça com atenção. Não somos bons ouvintes, quando uma pessoa está falando, costumamos estar distraídos ou processando uma resposta. Pratique você também a escuta ativa.

Assim, aconselhe seu amigo a procurar um profissional de psicologia ou mesmo convide ele para alguma das práticas que citei. Convide seu colega para uma caminhada, para um jogo de tênis, ao invés de tomar uma cerveja, que tal uma água de coco? Um açaí?

Nossa ideia é sempre trabalhar na prevenção. Faço diversos workshops e palestras abordando a importância de cuidarmos da mente, hoje, antes de ficarmos efetivamente doentes.

Contudo, precisamos falar mais de saúde mental e menos de transtorno mental. E pra que isso aconteça, é preciso um esforço de cada um de nós, e principalmente dos gestores das empresas. Há um estudo da Organização Mundial de Saúde que comprova que para cada U$1 dólar investido em saúde mental dos funcionários, U$4 dólares retornam em produtividade, satisfação e felicidade no trabalho.

Fonte: portalcontabilsc.com.br

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